O candidato a presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), que sofreu um atentado durante um ato de campanha na cidade de Juiz de Fora (MG) ao ser atacado com uma faca por Adélio Bispo de Oliveira, passa bem segundo boletim médico do Hospital Albert Einstein.
De norte a sul do país não se falou em outra coisa. Os jornais, rádios, TVs e jornais dedicaram intensa divulgação ao ocorrido. Os brasileiros acompanharam atentamente cada notícia que saia sobre o ocorrido. Mas o fato é que, se de um lado via-se uma comoção e preocupação com o estado de saúde do candidato, do outro uma grande onda de intolerância e violência verbal foi vista na internet.
Desejos de que Bolsonaro morresse, apoio ao criminoso e elogios a faca foram algumas coisas vistas nesse circo de horrores digital. Um festival que nos leva a questionar: que democracia é essa que queremos? Vimos pessoas que pregam a paz em êxtase pelo atentando e vociferando porque não viram o sangue jorrar e as tripas despencando.
Passeando pelas redes sociais, foi possível ver o nível dos comentários, que o diga de uma professora universitária, de São Paulo, que escreve: “Sou totalmente contra a violência, mas faltou acabar o serviço”. Assim como ela, o discurso de ódio gratuito foi amplamente divulgado. “Seria daora demais o Bolsonaro ser assassinado aqui em Jf”, publicaram no Twitter. “Deram uma facada no Bolsonaro. Será se a faca ta bem?” postou outro internauta. E mais vergonhoso que isso foi ver um jornalista da UOL compartilhando e curtindo mensagens que tinham como foco o discurso de ódio.
Uma pesquisa realizada pelo blog Comunica, e divulgada em abril deste ano, identificou essa intolerância nas redes sociais. Segundo a pesquisa, “o mundo virtual se transformou em mais um meio disponível e muito acessível para que os intolerantes se manifestem, às vezes até mesmo incentivando” expressões preconceituosas e de violência.
Lamentável! Essa é palavra que resume esses discursos de ódio.