Atentado na Somália deixa mais de 300 mortos e gera debates nas redes sociais

MUNDO
17/10/2017

As notícias que vem da Somália, um país da África, não são nada animadoras. Há 4 dias a população da capital Mogadiscio sofre com o ataque terrorista de sábado, 14. A cada informação divulgada pela imprensa, o número de vítimas só aumenta. Já passa de 300 de pessoas mortas e mais de 400 feridos com queimaduras gravíssimas.

Foram dois ataques. No primeiro, um caminhão carregado de explosivos foi colocado em uma esquina movimentada próximo a um caminhão de combustível, e o segundo ataque foi a um mercado no distrito de Wadajir. O resultado? Cadáveres carbonizados, edifícios destruídos e hospitais lotados de feridos.

Os hospitais estão lotados, sem remédios ou estrutura para atender a todos. Cerca de 70 feridos graves foram transportados de avião para Turquia. O ministro da Saúde turco, Ahmet Demircan, enviou uma delegação de 33 pessoas, entre eles, médicos, enfermeiros e socorristas.

Logo após o ataque, o presidente somali, Mohamed Abdullahi Mohamed, conhecido como Farmaajo, disse em sua conta no Twitter que o ataque “mostra que nada deterá nosso inimigo no momento de provocar dor e sofrimento ao nosso povo”. Em um discurso pela televisão afirmou que o ataque foi dirigido contra “civis inocentes” e não contra membros do Governo, uma demonstração de sua “falta de piedade”.

Falta de interesse?

A medida que a notícia foi sendo divulgada pelos veículos de comunicação, as mensagens nas redes sociais foram crescendo. Muitas de apoio e outras de cobrança. No Brasil, os internautas cobravam que a imprensa desse mais espaço nos jornais, telejornais e blogs. Para muitos, havia um certo descaso da imprensa brasileira pelo ocorrido na África.

O Pe. Fabio de Melo, em sua conta no Instagram foi um desses críticos. “Lamento que as mortes na Somália interessem menos ao resto do mundo. Estamos seletivos até nas escolhas das tragédias pelas quais sofreremos”, disse o Instagram. A mensagem gerou mais de 150 mil pessoas apoiaram o sacerdote e 3 mil comentários.

A campanha “Toda a Força à Somália...Vidas negras importam” se espalhou pela internet brasileira e gerou milhares de comentários, principalmente insinuando que havia descaso ao que aconteceu na Somália só porque no país moravam negros. Essa frase foi, inclusive, um título publicado pela Carta Capital em 2016 e se referia aos três meses da chacina de Costa Barros, na qual cinco jovens negros foram assassinados pela PM no Rio de Janeiro.

Nota da editora

O que os as pessoas, nas redes sociais, querem que a imprensa faça além de divulgar o que aconteceu na Somália? Para que essa campanha “Toda Força à Somália...Vidas negras importam”? Que mandemos força e vibrações positivas, tudo bem. Agora que misturemos preconceito racial já é demais. Meu povo! Qualquer vida importa, independente da cor. Parem com essa picuinha! Até uma desgraça dessa tem que ser levada para esse lado? Me poupem! Se poupem! O que podemos fazer distantes 11.542km? Nada de concreto. A não ser criar criar hashtag de apoio, orar, lamentar, e pior, ficar levantando polêmicas desnecessárias

*Com informações da Globo e El País

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