O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) voltou a ser preso, em Curitiba, na manhã desta terça-feira (19), desta vez em uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) que investiga desvio de recursos que deveriam ser usado na construção de escolas. Parte desse dinheiro, segundo as investigações, teria ido parar em campanhas eleitorais do tucano.
Esta é a terceira vez que o tucano é detido. Ele também já havia sido preso em uma outra investigação do MP paranaense e em um desdobramento da Operação Lava Jato, mas foi solto por ordem da Justiça. Agora, a prisão foi determinada pelo juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 9ª Vara Criminal de Curitiba.
"O investigado Carlos Alberto Richa [Beto Richa], então Governador do Estado do Paraná à época dos fatos, é apontado pelo Ministério Público como o chefe da organização criminosa e principal beneficiado com o esquema de recebimento de propinas advindas das empresas privadas responsáveis pela execução das obras nas escolas públicas estaduais", diz um trecho do despacho.
A nova detenção é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. A suspeita contra o tucano é de corrupção, entre outros crimes, e ele foi preso no apartamento onde mora.
A ação é um desdobramento da Operação Quadro Negro, que investiga desvios nos recursos destinados à construção de escolas. O empresário Jorge Atherino, apontado pelo MP-PR como operador financeiro de Beto Richa, e Ezequias Moreira, ex-secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores do Paraná, também foram presos.
*Com informações do G1