A situação não está nada boa para a CUT (Central Única dos Trabalhadores). A maior das centrais sindicais lançou o Programa de Demissão Incentivada (PDI) e os funcionários estão ameaçando entrar em greve. O objetivo da CUT é enxugar em quase 60% sua folha de pagamento.
O presidente da entidade, Vagner Freitas, informou que o programa de demissão será encerrado dia 4 de dezembro e que se após essa data, caso não tenha adesão dos trabalhadores, a entidade iniciará o processo de demissão até chegar ao percentual desejado.
Pelo visto o fim da contribuição sindical foi o principal motivo para essa crise de um dos símbolos do movimento sindical no país. Matéria publicada pela Época, “entre janeiro e agosto de 2017, antes da reforma, a CUT recebeu R$ 54 milhões de repasse de contribuição sindical. Em 2018, o número foi para R$ 2,5 milhões. Nessa mesma entrevista disse que “A CUT não tem capital financeiro para viver de rentismo, não é indústria para fabricar coisas e vender, não tem herança. Acabou o recurso”.
A situação de uma das mais importantes entidades trabalhista está tão ruim que até o prédio próprio no bairro do Brás, em São Paulo, sua sede há 23 anos, deverá ser vendido. Segundo o portal Ultimo Segundo, o prédio de sete andares, avaliado em R$ 40 milhões, já tem como possível comprador a Igreja Universal do Poder de Deus.
O mais interessante é que a entidade que sempre informou os afiliados sobre questões trabalhistas, não publicou no seu site uma linha sequer sobre as demissões que está realizando. Desde que a entidade iniciou o PDI na terça-feira (14), até a publicação desta matéria, nenhuma informação foi postada no canal de comunicação da CUT.