E agora? Google faz campanha ofensiva contra o Projeto de Lei das Fake News

01/05/2023

As redes sociais tão uma loucura só no que se refere a votação do PL2630 que vai acontecer nesta terça-feira (2). Será que vai? A Google resolveu fazer campanha contra o projeto de lei e destaca em sua página principal: “O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil” e “O PL das fake News pode piorar sua internet”.

Essa campanha da bigtech fez o ministro da Justiça Flavio Dino se pronunciar e acionar o órgão para apurar campanha do Google. “Sobre a regulação contra crimes e abusos na Internet, não existe “liberdade de expressão” para quem trafega no Código Penal. E a Constituição, no seu artigo 222, parágrafo 3º, exige que os meios eletrônicos se submetam aos princípios constitucionais e às leis. Estamos defendendo “o respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”, como está escrito na Carta Magna”, tuitou em seu microblog.

Já o senador Randolfo Rodrigues afirmou que essa campanha é vergonhosa e que o Google e as BigTechs fazem isso “porque se trata de um bom negócio pra eles”. O parlamentar quer que as contas bancárias do Google sejam bloqueadas. “Solicitarei ao CADE, cautelarmente, a remoção do conteúdo, abstenção de reiteração de práticas análogas e fixação de multa no valor máximo de 20% do faturamento bruto, além do bloqueio cautelar nas contas bancárias do Google.

Até Felipe Neto, assíduo usuário do Twitter e Youtube foi contra essa campanha. “Depois de ver tudo que Google, Twitter, Facebook, Youtube e Tiktok estão fazendo sobre o PL 2630…Censura, impulsionamento de posts, publicação de fakenews, desinformação. Vc realmente acha q eles querem mais DEBATE?”, questionou.

Segundo Marlo Lacerda, diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da empresa no Brasil, disse, em artigo, que o PL das Fake News “pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. Para o Google é necessária uma discussão mais a fundo. A empresa afirma estar preocupada “com as consequências indesejadas para o país caso o texto atual seja aprovado sem uma discussão aprofundada”.

Meta

“Muito do recente debate sobre regulação da Internet no Brasil tem sido baseado na falsa premissa de que as plataformas digitais lucram com conteúdo violento e de ódio. Refutamos explicitamente esse argumento”, disse nota da Meta detentora do Facebook, Instagram e Whatsapp.

Tik Tok

“Não houve um debate amplo e multisetorial, em que Governo, Congresso, setor privado, Academia e sociedade civil sentem literalmente na mesma sala no mesmo dia, na mesma mesa, para construir consensos”, declarou Fernando Gallo,  diretor de Políticas Públicas do TikTok.

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