Blog Jacieny Dias

Na sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquerito (CPMI) de 8 de janeiro na terça-feira (12), o deputado federal Filipe Barros (PL/PR) acusou a senadora Eliziane Gama (PSB/MA), relatora da comissão, de combinar as perguntas e repostas com o ex-ministro general Gonçalves Dias durante seu depoimento no dia 30 de agosto. "As perguntas são identicas, são as mesmas", acusa o deputado.

Segundo o parlamentar isso aconteceu no dia 29 de agosto e foi o chefe de gabinete da senadora, Erlando Alves da Silva Melo, que enviou um documento contendo perguntas e respostas a serem feitas durante a oitiva. O deputado expôs prints de conversas entre Gonçalves Dias e o seu filho, Gabriel, por meio do WhatsApp, no qual eles falam sobre a reunião que ocorreria com o assessor de Gama. 

“Ela como relatora não poderia se encontrar as escondidas, através de seu chefe de gabinete, com um depoente que estava como testemunha e como investigado. Qualquer um outro de nós poderíamos, qualquer outro membro dessa comissão também poderia, agora ela como relatora suja o trabalho dessa CPMI”, afirma o deputado.

A senadora Eliziane Gama falou que não iria aceitar essas acusações e garante que não encontrou nem com o GDias e nem com o filho dele. “Vossa Excelência tá tentando uma suspeição contra mim que eu não vou aceitar”, retrucou a relatora. E a senadora continuou:  "Da mesma forma como ele diz aqui que ele foi procurado pelo Nikolas Ferreira, foi procurado por Vossa Excelência, Filipe Barros, e por André Fernandes".

Em sua conta no X (ex-Twitter), Elizane não teceu nenhum comentário sobre a acusação do deputado. Preferiu mostrar a imagem de um capacete usado pela cabo que tentou conter os invasores da sede do podeeres. Mas os internaturas questionaram a parlamentar. "Tomou café da manhã com GDias ou mandou o Eraldo", perguntou um internauta."Fale sobre as perguntas combinadas senadora", escreveu outro seguidor."É melhor vc falar sobre seu encontro com o filho do GDias, isto é que interessa", cobrou outro tuiteiro. No entanto, procurada pelo jornal Valor Econômico, a assessoria da senadora disse que ela "desconhece essa suposta conversa e que não autorizou ninguém a falar em nome dela".

Nota da editora - Bom, caso essa conversa tenha acontecido mesmo, no mínimo o que a senadora Eliziane Gama deveria fazer era exonerar o seu chefe de gabinete, pois o que ele fez com certeza prejudica o trabalho da senadora como relatora da CPMI. Caso a mesma nunca existiu é só o assessor provar.