Cerca de 200 toneladas de alimentos, como arroz, feijão, açúcar, café, sal e leite em pó, além de kits de primeiros-socorros, estão sendo enviados pelo governo brasileiro para a Venezuela. Os alimentos e insumos médicos foram doados também pelos Estados Unidos. O Brasil ainda vai disponibilizar 70 caminhões para o transporte de óleo diesel para o abastecimento de usinas na região.
O governo federal se comprometeu com a operação, mas estabeleceu como única condição que o transporte da carga seja realizado por "caminhões venezuelanos com motoristas venezuelanos", que nos últimos dias não conseguiram entrar no país devido ao bloqueio fronteiriço estabelecido por Maduro.
Maduro determinou o fechamento para tentar barrar a ajuda humanitária oferecida pelos EUA e por países vizinhos, incluindo o Brasil, após pedido do autoproclamado presidente interino Juan Guaidó. O líder chavista vê a oferta dessa ajuda como uma interferência externa na política da Venezuela.
“A operação brasileira tem caráter exclusivamente de ajuda humanitária, não havendo qualquer interesse de nosso apoio em quais quer outras frentes neste momento”, afirmou o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.
Dois caminhões com ajuda humanitária deixaram Boa Vista em direção à Venezuela, mas a fronteira continua fechada. Os veículos abastecidos com doações partiram da capital de Roraima no início da manhã.
Em entrevista coletiva em Pacaraima, na manhã deste sábado (23), o chanceler Ernesto Araújo, informou que não há previsão de que a ajuda seja disponibilizada em território brasileiro para que venezuelanos possam buscá-la. Mas ele reafirma que o compromisso é de que 200 toneladas de alimentos serão enviadas à Venezuela.
*Com informações da Agência Brasil e G1