O IBGE e o Ministério da Saúde fecharam parceria para implementar versão inédita da PNAD Contínua para monitorar a incidência da Covid-19 nacionalmente. Com o novo convênio, montado em regime emergencial, o IBGE vai produzir a PNAD Covid, pesquisa que tem como objetivo identificar indivíduos com sintomas do novo coronavírus, bem como a demanda e a oferta de serviços de saúde pública. Essas informações vão subsidiar as políticas públicas do Ministério da Saúde.
A pesquisa levantará também informações da população relacionadas a trabalho e emprego. “Vamos investigar se a pessoa está na força de trabalho, ou se a pandemia a jogou para fora da força de trabalho. E relacionar isso com as pessoas que estão com sintomas”, diz o diretor adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
O IBGE vai identificar ainda as pessoas que estão em teletrabalho, quantas horas estão trabalhando, além de fazer um mapeamento da informalidade. O objetivo é avaliar como essa pandemia modificou o trabalho no Brasil. “Será uma pesquisa muito objetiva e rica, mostrando os reflexos do confinamento social no mercado de trabalho brasileiro”, reforça Azeredo.
A coleta será efetuada remotamente por telefone por entrevistadores do IBGE em parceria com o Ministério da Saúde e entrevistará as mesmas pessoas por pelo menos três meses, com estatísticas oficiais da Covid divulgadas semanalmente.
“O instrumento rápido proposto pelo IBGE junto à PNAD Contínua focará nas pessoas com sintomas de síndrome gripal, mostrando com precisão a quantidade e o crescimento ou não do número de casos de Covid, nas principais cidades brasileiras. O apoio do IBGE neste momento de pandemia é estratégico para o Ministério da Saúde identificar o tamanho real da epidemia e a tomada de decisão para orientar o Sistema Único da Saúde (SUS), bem como o papel das equipes de Saúde da Família, a fim de minimizar os efeitos da pandemia na vida das pessoas”, analisa o Secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Erno Harzheim.