Incêndio no Museu Nacional comove e revolta os brasileiros

NACIONAL
03/09/2018

A noite de domingo foi marcada pelo incêndio que destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Não houve vítimas, mas a maior parte do acervo foi destruída. A instituição, que completou 200 anos de história e que foi residência de um rei, foi consumida pelo fogo.“O dano é irreparável”, diz diretor do Museu Nacional, João Carlos Nara.

O incêndio começou logo após o museu ter encerrado visitação. Os 4 vigilantes que trabalhavam no local conseguiram sair do local sem ferimentos. Ainda não há pistas do que pode ter iniciado as chamas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o trabalho foi dificultado porque os hidrantes do museu estavam descarregados e foi necessário pedir o apoio de carros-pipa. O incêndio no museu foi controlado por volta das 3h da manhã.

Nas redes sociais, as pessoas deixaram registrado a revolta ao ver o mais antigo centro de ciência do Brasil consumido pelas labaredas. “A perda total no Museu Nacional do Rio de Janeiro me atinge diretamente como a morte de um parente próximo. Tristeza profunda!”, disse a piauiense Marta Tajra. “Para museus, nada! Mas para a Copa do Mundo, Bilhões!!! Nunca vamos nos recuperar dessa perda”, escreveu o maranhense Chuelay Nascimento. “Tudo em mim chora, muita tristeza”, falou a professora Daniele Moura.

E as criticas a falta de apoio foram inúmeras. “Quem dera que um dia o Brasil desse pelo menos 0,01% de importância a cultura como a Europa. Gasta-se um fortuna com horário eleitoral, fundo partidário e eleitoral e por aí em diante. Mas nunca se destina dinheiro para manter viva nossa história”, escreveu o jornalista piauiense Tarciso Carvalho. “O Brasil perde uma parte cultural da História. Muito triste”, disse Sâmara Portela. Dia 2 de setembro de 2018, o dia da desgraça nacional. Perdemos 200 anos de história e peças de mais de 10 mil anos”, postou o subprefeito do Centro Histórico, Fábio Henrique Farias.É triste ver uma parte da memória do país ir para as cinzas sem que se possa fazer nada, escreveu Lea Martins Brito

Criado pelo rei Dom João VI de Portugal, no dia 6 de junho de 1818, a instituição é considerada a quinta maior do mundo por seu patrimônio e inclui coleções compostas por dezenas de milhares de objetos provenientes de várias civilizações da América, Europa e África. Cerca de 20 milhões de itens estavam catalogados.

 

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