Blog Jacieny Dias

Cerca de 800 professores da rede estadual de ensino se reuniram na Biblioteca Municipal Benedito Leite, em São Luís, na manhã desta terça-feira (22) para sair em protesto pelas ruas da cidade. Essa foi a segunda manifestação da categoria só este mês de fevereiro. 

Motivo? Exigir do governador Flávio Dino o cumprimento do reajuste de 33,24% dos salários conforme portaria assinada pelo presidente Jair da República. Os professores querem que o Governo do Maranhão pague o que diz a lei.

 “O meu vencimento bruto é de R$ 3.881.05. Onde que eu recebo os tais R$ 6 mil reais da propaganda de Flávio Dino?", diz um professor mostrando o contra cheque. Esse é o meu salário porque já estou a quase 20 anos. Quem está chegando agora está ganhando muito menos". Ele pediu para não ser identificado com medo de retaliação. Segundo o educador, só 5% da classe, que tem doutorado ou mestrado, que recebe esse valor.

Entrei em contato com o secretário de estado da Educação, Felipe Camarão, para saber seu posicionamento. Mesmo em viagem pelo interior respondeu ao contato. “Já pagamos muito acima do piso aqui no Maranhão. Já oferecemos 6 outros pontos que eles pedem, além de garantir o reajuste de 8%”, disse enfático.

Bom uma nota técnica emitida pela secretaria de Estado de Planejamento e Orçamento, em 10 de fevereiro, foi informado que não existe a possibilidade do Governo do Maranhão aplicar o percentual de 33,24% para o Piso do magistério, pois “o impacto seria da ordem de R$ 619,7 milhões para o ano de 2022, implicando no esgotamento total dos recursos do FUNDEB e inviabilizando o funcionamento da rede estadual de educação”.

Bom, os educadores disseram que as manifestações são apenas o começo de um movimento que vai culminar em uma greve. Pelo visto, eles não vão se contentar com essa explicação e querem partir mesmo para uma paralisação, o que teria um impacto bem negativo para o governador Flávio Dino,e até para o próprio secretário Felipe Camarão. 

Manifestação agendada

Fiquei sabendo, antes da publicação desta matéria, que já está programado um ato show com plenária híbrida para que professores da rede estadual dos demais municípios possam participar. Essa manifestação acontecerá na Praça Maria Aragão, após o recesso do Carnaval, sexta-feira (4), a partir das 16h.