No dia 25 de dezembro, os ludovicenses caíram na folia nas ruas do bairro Madre de Deus dando o primeiro grito de Carnaval do Maranhão no Bloco C* de Asa. Posso garantir a vocês que, foliã que sou, fiquei com vontade de tá no meio daquela turma, mas aí lembrei: não estamos em 2019, mas sim em 2022. A pandemia não acabou.
Depois desse dia veio o Réveillon e muita gente brincou nas diversas festas privadas em São Luís, despreocupados com o Covid19. O importante era pular e dançar, até mesmo debaixo de um aguaceiro que caia na cidade.
No dia 1º de janeiro, mais arrastões de blocos. Resultado? Antes do Dia de Reis, as unidades de saúde da Ilha do Amor começaram a sentir a porrada. O atendimento médico aumentou. O sinal vermelho foi ligado. O medo das equipes de saúde era que que o pesadelo de 2020/2021 voltasse.
Várias festas depois, chuva e aglomerações o que a gente vê são milhares de ludovicenses atrás de atendimento médico por causa de sintomas gripais. Os hospitais privados estão lotados, assim como todos os locais destinados a testagem. A causa? Influenza e Covid19. Os exames mostram que a contaminação por Covid19 só aumenta e os testes positivo crescem de forma assustadora.
Eventos aglomeram sim - A Associação Brasileira dos Promotores de Eventos disse, no dia 7 de janeiro, que “considera precipitado, preconceituoso e prematuro o cancelamento de eventos controlados que obedecem os cuidados necessários e exigidos”. A entidade pode garantir que as pessoas não serão infectadas? Simplesmente não tem esse poder!
Com certeza quem vive de eventos sente na pele, até hoje, o resultado dessa pandemia e diante dessa nova onda deve estar sem saber o que fazer, pois muitos aguardavam pelo Carnaval pra tentar recuperar uma parte financeira do que foi perdido. Eu entendo. Mas nesse momento é preciso cautela.
Eu gosto de Carnaval. Eu gosto de bailes de Carnaval, mas na atual situação sou a favor que os eventos sejam suspensos. Eu que mesmo com as três doses da vacina no corpo e seguindo os protocolos fui contaminada. Estes dias conversei com várias pessoas que disseram terem testado positivo pela segunda vez, mesmo vacinadas.