Um maranhense nos bastidores da política nacional

ENTREVISTA
23/07/2017

Ele se chama George Marques, maranhense. Formado na Universidade Anhanguera de Brasília em Relações Públicas, mas que posteriormente adquiriu o título de jornalismo. Especialista em assessoria em comunicação pública e comunicação política no legislativo, hoje atua como repórter na versão brasileira do site The Intercept. Segundo influenciador de política no país, segundo levantamento do site Stilingue, e indicado ao Prêmio Comunique-se 2017 Categoria Nacional de Mídia Escrita de Política.

Como você analisa a vida política de Brasília?
       Busco analisá-la a partir da perspectiva de quem está do outro lado, do ouvinte. Nos últimos anos tudo tem estado muito imprevisível, o que acaba tornando o ofício jornalístico mais difícil.

Dá pra ficar entediado?
       De tédio a gente não morre, nunca! rs Desde o início conturbado do governo Dilma 2, passando pelo seu impeachment à queda de Cunha e ao atual governo Temer foram sucessivos sinais que o atual modelo se esgotou. A fragilidade das instituições brasileiras se demonstra na instabilidade política a qual o país permanece submerso.

Como fostes parar em Brasília?
       Moro em Brasília há 10 anos. Saí de São Luís pra cá na busca de estudos, oportunidades de trabalho e construir algo legal na carreira. Estamos caminhando pra isso. 

As redes sociais são onde você repercute suas opiniões e divulga os acontecimentos políticos da capital federal. Tem válido a pena usá-las?
       As redes sociais são um meio, um canal, dentre os diversos existentes como fontes de mídia. Os últimos dados sobre consumo de mídia no Brasil vêm mostrando o crescimento do conteúdo nas redes sociais e a formadores de opinião e a queda de acesso e receitas dos chamados "grandes jornais", apesar de atuação ainda forte. 

Você se preocupa com as opiniões dos seus seguidores?
       Toda opinião é importante e será bem recebida, desde que bem fundamentada. Sou aberto ao diálogo. 

Existe liberdade de imprensa ou independência da imprensa?
       Na minha visão existe imprensa independente. Um exemplo é o veículo a qual trabalho, um portal de notícias jornalísticas com sede em Nova York e com a versão brasileira que fará um ano agora em agosto. Infelizmente não existe liberdade de imprensa no Brasil. São inúmeros os casos de ataques a jornalistas, arbitrariedades, censuras de matérias em virtude de outras interferências editoriais. 

George, te consideras um jornalista de esquerda?
       Me considero um jornalista independente, inclusive para criticar os erros também do campo político da esquerda.

Ser jornalista é....?
       Ter compromisso com o interesse público.

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