Operação Pegadores faz acusações e governo Flávio Dino se defende

ESTADO
17/11/2017

A Operação Pegadores realizada pela Policia Federal que teve como alvo a Secretaria Estadual de Saúde (SES) repercutiu. Não se fala em outra coisa a não ser da prisão de pessoas ligadas a gestão do governo Flávio Dino que estão envolvidas em desvios de verbas públicas da saúde do Maranhão.

O delegado da Polícia Federal, Wedson Cajé Lopes, afirmou que essa operação é exclusiva ao ano de 2015 e foram coletados indícios de que servidores públicos que exerciam funções de comando na Secretaria de Estado da Saúde, montaram um esquema de desvio de verbas e fraudes na contratação e pagamento de pessoal. “São crimes novos praticados em 2015”, afirmou o delegado.

Sangria nos cofres públicos

As investigações indicaram a existência de 424 pessoas que teriam sido incluídas indevidamente nas folhas de pagamentos dos hospitais estaduais sem a prestação de serviços às unidades hospitalares. Os beneficiários seriam pessoas indicadas por agentes políticos: familiares, correligionários de partidos políticos, namoradas e companheiras de gestores públicos e de diretores das organizações sociais.

O montante dos recursos públicos federais desviados por meio das fraudes é superior a 18 milhões de reais. Contudo, segundo a Polícia Federal, o dano aos cofres públicos pode ser ainda maior, pois os desvios continuaram a ser praticados mesmo após a deflagração de outras fases da Operação Sermão aos Peixes.

Nota oficial

O Governo do Estado emitiu nota dizendo que “os fatos têm origem no modelo anterior de prestação de serviços de saúde, todo baseado na contratação de entidades privadas, com natureza jurídica de Organizações Sociais, vigente desde governos passados”. Já Secretário Estadual de Saúde, Carlos Lula, afirmou que “não tem nada a temer” e garantiu que se a prática ainda permaneceu em 2017, “ela não existe mais”.

Governador se pronuncia

Pelo Twitter o Governador Flávio Dino foi enfático: “jamais compactuamos com qualquer má aplicação dos recursos públicos. Sempre tomamos todas as providências administrativas quando erros foram detectados”. Em uma longa postagem, o gestor afirmou que “está aguardando a lista dos alegados 400 funcionários, para verificar se isso procede, quem foi o responsável, em qual época e por qual motivo”. Dino garantiu que o esquema de corrupção herdado de gestões anteriores vem sendo desmontado em sua administração. “Não se desmonta isso em semanas ou meses, sobretudo em um serviço que não pode parar como a saúde”, garantiu o governador.

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