Blog Jacieny Dias

Os professores da rede municipal de ensino da capital maranhense decidiram suspender a paralisação. A categoria desocupou o prédio da Semed e decidiu voltar para a sala de aula, mas ficar em estado de greve. Após cerca de 30 dias de movimento, a categoria decidiu que era hora de recuar, mas não desistir. “Tivemos uma negociação difícil. O secretário de Educação, Moacir Feitosa, e o secretário de governo, Pablo Rebouças, não tinham nenhum interesse em negociar, mas com a coerência e persistência do sindicato, e a postura firme e imparcial do Ministério Público, os gestores públicos foram obrigados a ceder, reabrindo a negociação e permitindo que houvesse diálogo onde antes só existiam mentiras”, disse a professora Elisabeth Castelo Branco. 

Por causa do movimento grevista, a prefeitura cortou salário e cortou ponto dos professores que participavam do movimento. No entanto, após a mediação do Ministério Público, ficou firmado, em ata, que a Secretaria Municipal de Educação devolverá o desconto monetário sobre os salários de agosto até o dia 15 de setembro. Foi determinado também a permanência dos professores no mesmo local de lotação e garantia do direito dos professores, dentre eles, o direito da ampliação (40h). Os professores voltaram para a sala de aula, mas ficam na espera do estudo técnico do Ministério Público que vai dizer se existe ou não viabilidade do reajuste da categoria. O prazo para conclusão desse parecer é de 20 dias.

"As ameaças e retaliações estavam acontecendo de forma intensiva sobre os professores que estão no movimento paredista" Elisabeth Rodrigues

“A greve não acabou. Ela é positiva tendo em vista que os professores avaliaram as circunstâncias e decidiram que esse momento era dar um passo a trás para criar fôlego e forças para enfrentar o governo público municipal”, garantiu a presidente Elisabeth Castelo Branco. Segundo ela, o movimento paredista continua e que foi de fundamental importância a presença do Ministério Público já que o governo municipal havia se fechado para qualquer negociação, inclusive fazendo retaliações. “As ameaças e retaliações estavam acontecendo de forma intensiva sobre os professores que estão no movimento paredista. Estamos em alerta total”, frisou.