Por que alguém procuraria um analista para ouvir seus problemas? Para que alguém contaria sobre seu sofrimento a um desconhecido? Como se dá essa relação entre paciente e analista? E o receio de falar de nossas intimidades com um estranho? Podemos falar tudo o que se passa em nossa mente? Seriam a ansiedade e a depressão, por exemplo, apenas um desequilíbrio no cérebro? Perguntas como estas serão respondidas pelo professor Alberto Saúl, da Universidade de Buenos Aires, durante a palestra “A Transferência quando não é Simbólica”, que acontece nesta sexta-feira, dia 23, na UNDB.
A palestra faz parte de um conjunto de eventos promovidos pelo Centro Psicanalítico de Orientação Lacaniana do Maranhão (OrLa), um lugar de formação e transmissão da psicanálise, que convida os profissionais e estudantes da área, além de interessados no assunto.
Na ocasião, Alberto Saúl – que também é conselheiro do Hospital Rivadavia, membro da EOL - Escuela de la Orientación Lacaniana e da AMP - Associação Mundial de Psicanálise" – vai abordar a psicanálise em tempos onde medicações - às vezes necessárias - e diversos tratamentos têm procurado uma cura definitiva para a dor e a angústia, ao convidar o sujeito para falar, convida também o sujeito a ser ouvido em sua singularidade, sem verdades prontas para consumo.
No sábado, 24, Alberto Saúl ministra ainda o seminário “A Lógica da Histeria”, momento em que se propõe a falar como funciona a Psicanálise com o sofrimento humano no pensamento, e seus sintomas no corpo. Segundo Saúl, “a histeria se modifica conforme o contexto sociocultural presente e não se caracterizava como fingimento ou invenção, ou ainda "loucura" e não se apresentava somente em mulheres”. O seminário acontecerá na manhã de sábado, na UNDB.
Informações sobre o evento podem ser adquiridas com: Alan Goudard (98) 98 98808 0007 (Coordenador) e Augusto Mochel (98) 98838 7759 (Diretor) ou Aulinda Lima (Assessoria de Imprensa).