Nas eleições municipais de São Luís, somente seis mulheres foram eleitas para a Câmara Municipal, composta por 31 vagas. Entre as eleitas para o primeiro mandato estão Clara Gomes (PSD), Thay Evangelista (União), Professora Magnolia (União) e Flávia Berthier (PL). E foram reeleitas Concita Pinto (PSB) e Rosana da Saúde (Republicanos). Por outro lado, as vereadoras Karla Sarney (PSD), Silvana Noely (PSB) e Fátima Araújo (PCdoB) não conseguiram a reeleição e ficaram como suplentes.
Pelas redes sociais, as novas vereadoras agradeceram a conquista. "Fizemos uma campanha de 70 dias, linda, limpa, com muito propósito e hoje todos que estiveram ao nosso lado são vitoriosos também", garantiu Thay Evangelista. "Hoje mais de 4850 patriotas de São Luís do Maranhão mostraram a sua força e sua convicção. Disseram não ao sistema, não a compra de votos, não ao assistencialismo", disse a vereadora eleita Flávia Berthier em seu perfil no Instagram. Já a vereadora reeleita, Rosana da Saúde escreveu: "Hoje sinto um misto de emoções, meu coração transborda de felicidade em s aber qe mais uma vez você confiou em mim e me deu o seu voto de confiança."
A pergunta que fica é: por que um número tão reduzido de mulheres em um universo de 31 vagas? Mais uma vez, a Câmara de São Luís será formada majoritariamente por homens. Esse cenário reflete uma tendência preocupante em todo o Brasil. Segundo a CNN, em 2024, houve uma queda drástica no número de mulheres eleitas. Enquanto em 2020, 9.298 candidatas venceram nas eleições municipais, neste ano, apenas 4.117 mulheres foram eleitas, uma redução de 55%.
"Fico triste em ver que, em uma sociedade onde mais de 52% do eleitorado e da população brasileira são compostos por mulheres, ainda somos tão poucas no cenário da participação política", afirmou a Ministra do TSE, Carmém Lúcia, em coletiva de imprensa neste domingo (6), após o término do pleito.